3.11.11

Frida; entrevista / interview


Exclusive interview: Frida, my childhood playmate
This article was published in Swedish Television's weekly magazine Röster i Radio/TV, issue 46, 1978.
I knew I wanted to be a singer allready when I was seven years old.
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Torshälla in the beginning of the 50's was still an idyllic place. The old houses leaned on each other and was every architect's dream to do something with. The town gossip had the proportions of a small town. You knew people, by age and careers.

     In this little town with the 5.000 people living there Anni-Frid and I grew up.
     We never went to the same school and we weren't best friends - but we both belonged to an organisationn URK - Ungdomens Röda Kors [The Red Cross Youth Division] - and we played together sometimes. In the basement of one of the official buildings in the town we wove baskets and made armslings (mitellas). Anni-Frid didn't do much of the woveing, instead she sang a lot: "Que sera, sera, det sker vad än ska ske, din framtid kan ingen se, que sera, sera..."
     She was fantastically beautiful and her voice was clear as crystal. She sang all the time. We admired her. She got to be Barnens Dags Prinsessa and ride in the parade through the town with a crown on her head: 
      –  I remember that day very vividly, says Anni-Frid. I felt so bad I thought I couldn't do it.
Her debut as a singer happened at a Röda Kors soaré. On the Folkets Hus stage. Dressed in a folklore costume including a bonnet, 11 years old she sang: "Fjorton år tror jag visst att jag var" [I believe I was 14 years old]...
     We wanted it to work out well for her, because we know that she was living with her grandmother and didn't have a father or a mother. It was almost something romantic about her, almost like in the books we read. And she had the cutest smile, she wrinkled her nose when she smiled.
     The everything went so quickly. We outgrew URK and each other. We only said a quick hello when we just made it on the 7.30 bus on the way to Eskilstuna where Anni-Frid attended realskolan and I went to the girl's school.
     –  I never had any other plans. As a 7 year old I knew that it was a singer I was going to be, Anni-Frid says smiling, before I get the chance to ask her the next question. Well, I guess we all had understood that. At the tender age of 13 she went touring with orchestras "just because it was such a lot of fun just to sing". I didn't have any time for boys at that time.
     At the schooldances she performed Glenn Miller songs while the rest of us danced in the dimly lit gymnasium.
    SANG AND SANG
    She sang and sang and sang. She won a talent competition and started taking singing lessons from the famous operasinger Folke Andersson. During my first time as a reporter in Eskilstuna at the magazine "Folket" I wrote some articles about her every now and then. It's 15 years ago...

TRADUÇÃO


    Trecho da entrevista de Frida a uma reporter e companheira de infância, Gunilla Magnusson.

    Torshälla no início da década de 50 era um idílico lugar. Antigas casas encostadas uma a outra. O vilarejo tinha seus pequenos mexericos em proporção ao tamanho do lugar. Você conhecia as pessoas, sua idade e suas ocupações.

    Nesta pequena cidade de 5.ooo habitantes, Anni-Frid e eu crescemos.

    Nós nunca fomos à mesma escola nem éramos muito chegadas, mas nós duas pertencíamos à Roda Kors (Cruz Vermelha) e brincávamos juntas algumas vezes. No porão de um prédio público nós tecíamos cestos, entre outros trabalhos manuais. Anni-Frid não fazia muitos cestos, ao invés, ela cantava muito; "Que será, será"  det sker an ska ske / din frantid kan ingen se / que sera sera...

    Ela era fantasticamente linda e sua voz clara como cristal. Ela cantava o tempo todo. Nós admirávamos ela. Ela foi a princesinha da festa do Barnes dag (Dia da criança) desfilando com garbo pelas ruas da cidade, na cabeça uma coroa de papel.

 -- Eu lembro vividamente desse dia, diz Anni-Frid.  -- Eu me senti tão mal que pensei não poder fazê-lo.

    Ela estreou como cantora num evento da Roda Kors. Vestia um traje folclórico arrematado por um chapeuzinho. Tinha 11 anos de idade e cantou: Fjorton ar tror jag visst att jag var.

    Nòs a procurávamos depois da Roda Kors para saber mais sobre ela. Ela morava com a avó e não tinha pai ou mãe. Era um detalhe sobre ela que achávamos quase romântico, igual aos livros que líamos. Ela tinha um fino sorriso e franzia com graça o nariz quando ria.

    E as coisas se passaram assim rápidas. Fora da Roda Kors pouco víamos uma a outra. Somente nos dávamos rápido alô enquanto corríamos para o ônibos das 7,30 para Eskilstuna onde Anni-Frid assistia aulas na Real Escola e eu na escola de meninas.

 -- Eu nunca tive outros planos. Aos 7 anos de idade eu já sabia que seria uma cantora; eu sempre soube. diz Anni-Frid sorrindo, antes que eu tivesse tempo  de fazer a próxima pergunta. Bem, eu acho que é fácil entender isso. Aos treze anos teve propostas de seguir orquestras em turnê.
 -- Porque era um modo mais atrativo, mais rítmo e alegria em cantar. Eu jamais tive tempo para rapazes naquela época.

    Na escola de danças ela cantava canções de Glenn Miller enquanto o resto das meninas dançava anonimamente nos salões do ginásio.

    CANTAVA E CANTAVA
    Ela cantava, cantava e cantava. Ela ganhou um concurso de talentos e começou a ter lições de canto com um famoso cantor de ópera, Folke Anderson. Durante meus primeiros tempos como repórter em Eskilstuna, da revista Folket, eu escrevia sobre ela de vez em quando. Isto foi a 15 anos atrás.
     

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