A primeira vez que ouvi o ABBA (uma antiga fita cassete) eu me encantei com o som e principalmente com a voz das meninas. Eu não sabia o nome delas ou de que país tinham vindo, porem fui conquistado pelas vozes. Um dia ao assistir na TV a um documentário sobre a Banda, notei o carisma da que parecia ser a morena do grupo. A despeito da voz luminosa de Agnetha, o estilo de Frida me fascinou. Ela parecia uma borbulhante taça de champagne numa festa de talentos.
Algum tempo passou e eu redescobri o ABBA através de DVDs e da Internet. A admiração por Frida, antes adormecida, tinha agora imagem, cor e movimento. La estava a voz metálica e dramática, o sorriso esmeralda nos olhos, o balanço do corpo leve e sinuoso.
Então eu acalentei a presunção de escrever sobre Frida.
Eu não me julgo poeta. Apenas escrevo alguns versos. Porem somos todos poetas quando nos sensibilizamos com um texto, com uma música ou com a biografia de uma pessoa. Eu me sensibilizei com a história de vida de Anni-Frid Lyngstad. Sua luta em busca de ideais que por vezes incluiram renúncias dolorosas. Nascida da guerra, Frida foi uma guerreira sem perder a doçura. De origem simples pautou sua vida pela nobreza de caráter e quando se tornou princesa não se perdeu das raízes, passando a se ocupar de seus semelhantes. E a artista, a cantora talentosa jamais permite a glória lhe subir à cabeça, tornando-se ela, como os parceiros do ABBA exemplo de dignidade nesse canto de sereia que é o universo do show business. E a vida excitante, a extraordinária carreira artística é tema palpitante.
Porem como escrever sobre alguem tão distante e sobre quem se sabe tão pouco. E eu sei tão pouco sobre as deusas. Imaginei então um poema sobre e para a Musa que me inspira. Um poema é cenário ideal para delinear personagens cativantes. E eu sonhei a personagem Frida para enriquecer um livro de poemas. E a personagem Frida começou a interagir com a Frida real. E só na poesia que tudo sublima esta simbiose poderia acontecer. A literatura tem a magia de transportar as personagens do sonho para os olhos.
Escrever sobre Frida é tentativa em desvendar o mistério de seu sorriso cativante, de sua voz cálida, da luz de seus olhos. Que minhas limitações não me desviem o objetivo. Mesmo porque, Frida, por si só, é um poema escrito por Deus.
Eu sei que a princesa Anni-Frid Lyngstad Reus já recebeu milhares de homenagens e todas merecidas, inclusive havendo alguma que ela considere definitiva. Eu não tenho a menor pretensão que esta minha homenagem signifique para ela o muito que significa para mim. É algo que eu quero e tenho imensa felicidade de fazer; carinhosa homenagem a uma pessoa que me desperta emoções.
Eu nunca estive numa plateia do ABBA para aplaudir Frida. Mas eu tenho uma certeza. Esta homenagem embora distante, talvez obscura e inaudível, está eivada da mais profunda sinceridade e principalmente, com todo o devido respeito.
Levi Fernandes 18/11/2011
TRANSLATION
The first time I heard ABBA (an old cassette tape) I was enchanted with the sound and especially with the voice of girls. I did not know their name or what country they come, but I was conquered by the voices. One day there watching TV in a documentary about the band, I noticed the charisma of what appeared to be the brunette of the group. Despite the luminous voice of Agnetha, Frida's style fascinated me. She looked like a bubbling glass of champagne at a party talent.
Some time passed and I rediscovered ABBA through DVDs and the Internet. The admiration for Frida, before sleeping, now had image, color and movement. It was dramatic and metallic voice, the smile emerald eyes, the balance to the body soft and sinuous.
So I cherished the presumption to write about Frida.
I do not consider myself a poet. Sometimes I write some verses. However we are all poets when moved by a text, a song or a biography of a person. I was touched by the life story of Anni-Frid Lyngstad. His struggle in pursuit of ideals that occasionally included painful sacrifices. Born of war, Frida was a warrior without losing sweetness. Of humble origin guided his life by the nobility of character and when she became Princess of the roots was not lost, became careful with his fellows.
And the artist, the talented singer never allows the glory go to his head and become her partners with ABBA's example of dignity in this siren song that is the universe of show business. And the exciting life, the extraordinary artistic career is palpitating theme.
But how to write about someone so far away and about whom we know so little. And I know so little about the goddesses. Imagine then a poem about the Muse that inspired me. A poem is an ideal setting for the design of captivating characters. And I dreamed the character Frida to enrich a book of poems. And the characters Frida began to interact with real Frida. And only in poetry that sublimates all this symbiosis could happen. The literature has the magic to transport the characters from dream to his eyes.
Writing about Frida is attempt to unravel the mystery of her smile captivating, of her warm voice, of the light from his eyes. What the limitations do not deviate from my goal. After all, Frida, by itself, is a poem written by God.
I know that Princess Anni-Frid Lyngstad Reus von Plauen has received thousands of tributes and all deserved, even when there is some consider it definitive. I have not the absolutely intention that mine tribute means to her all what it means to me. It's one thing I want and I have much happiness to do; is just a affectionate tribute to the person who causes me emotions.
I've never been an audience to applaud Frida of ABBA. But I have a certainty. This distant tribute, perhaps obscure and unheard, is riddled the deepest affection and sincerity, and specially with all due respect.
Levi Fernandes 18/11/2011